Uma clínica de repouso localizada na zona rural de Franco da Rocha, na Grande São Paulo, foi fechada nesta quinta-feira (14) após denúncias de maus-tratos a 27 idosos. A ação conjunta da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária revelou um cenário de abandono, fome e instalações precárias. Segundo a reportagem de Patrícia Marques e Gianvitor Dias, da TV Globo, os idosos estavam sem alimentação adequada, alguns sequer haviam tomado café da manhã, e viviam em condições insalubres — com camas amontoadas, objetos quebrados e dormitórios sem espaço para circulação.
As imagens enviadas à equipe de reportagem mostram o que a fiscalização encontrou: um ambiente que não oferecia segurança, dignidade ou qualquer traço de cuidado. A estrutura do local colocava em risco a integridade física dos moradores, que dependiam da clínica para tudo — inclusive para sobreviver. A polícia acionou a Assistência Social do município, que passou a acompanhar os idosos e buscar contato com suas famílias. Aqueles que não tiveram parentes localizados permaneceram sob cuidados emergenciais.
Os responsáveis pela clínica e alguns familiares já prestaram depoimento. A investigação segue na delegacia de Franco da Rocha, e novas oitivas devem ocorrer nos próximos dias. O caso reacende o debate sobre fiscalização de instituições de longa permanência, que muitas vezes operam à margem da lei, sem estrutura mínima e com profissionais despreparados — quando há profissionais.
O que aconteceu em Franco da Rocha não é exceção. É sintoma. E enquanto o país não tratar o envelhecimento com a seriedade que merece, casos como esse continuarão surgindo — às vezes tarde demais. Porque maus-tratos não são apenas agressões físicas. São também o descaso, o esquecimento e a negligência que se escondem atrás de portas trancadas.
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