O Corinthians encerrou o primeiro turno do Brasileirão 2025 com uma campanha que faz o ano do rebaixamento parecer menos traumático. Com apenas 22 pontos e cinco vitórias em 19 jogos, o clube ocupa a 13ª colocação — e pode cair ainda mais se Vasco e Grêmio vencerem seus jogos atrasados. Em 2007, o Timão somou 26 pontos no mesmo período. A comparação não é só estatística: é um alerta vermelho.
A derrota por 2 a 1 para o Juventude, em Caxias do Sul, escancarou a fragilidade do elenco corintiano. O time gaúcho, reestreando Thiago Carpini como técnico, mostrou mais organização, intensidade e vontade. O primeiro gol saiu após duas tentativas de cruzamento de Marcelo Hermes, até Gabriel Taliari subir sozinho para cabecear. O segundo, nos minutos finais, foi uma jogada construída por Nenê e finalizada por Matheus Babi, escancarando a fragilidade da marcação corintiana. Matheuzinho ainda descontou para o Timão em cobrança de falta, mas já era tarde demais para reagir.
Dorival Júnior, que assumiu após a demissão de Ramón Díaz, ainda não conseguiu dar liga ao time. Em 13 jogos sob seu comando, o aproveitamento é de apenas 33,3%. O elenco sofre com lesões, suspensões e expulsões — como a de Romero no último jogo — e parece mais perdido que o VAR em clássico.
A esperança é uma vaga na Copa do Brasil?
Na Copa do Brasil, o Corinthians eliminou o Palmeiras com autoridade, vencendo os dois jogos do clássico. Mas a torcida já aprendeu que não se vive de esperança. O próximo desafio é contra o Bahia, no sábado (16/08), na Neo Química Arena. Depois, encara o Vasco em São Januário (24/08) e o Palmeiras novamente, agora pelo Brasileirão (31/08).
Juventude: do Z-4 à reação
O Juventude, por sua vez, respira. Com a vitória sobre o Corinthians, chegou a quatro triunfos na competição e começa a mostrar sinais de recuperação. Os próximos jogos são contra o Vitória (16/08), Vasco (20/08), Botafogo (24/08) e Ceará (30/08). Se mantiver o ritmo, pode sair da zona de rebaixamento e surpreender.
O Timão parece não aprender com os próprios tropeços
Nos últimos anos, o Corinthians tem flertado perigosamente com o rebaixamento. Em 2023, escapou por pouco, terminando em 13º lugar após uma campanha marcada por quatro técnicos e uma sequência de resultados sofríveis. Em 2024, fez o pior primeiro turno da história com apenas 19 pontos, mas reagiu no segundo e beliscou vaga na Libertadores. Agora, em 2025, repete os mesmos erros: elenco desequilibrado, instabilidade técnica, falta de planejamento e uma diretoria que parece mais perdida que o meio-campo em transição defensiva. A verdade é dura — o Timão não aprendeu nada com os sustos anteriores.
Quando a diretoria vai assumir sua parte?
A crise do Corinthians não é só técnica. A diretoria parece mais preocupada em administrar danos do que em planejar o futuro. A falta de reforços, a instabilidade no comando técnico e a ausência de um projeto esportivo claro mostram que o problema começa fora das quatro linhas. E a Fiel, que nunca abandona, já começa a cobrar com razão.
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