O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras para o mercado americano, com início previsto para 1º de agosto. A decisão foi comunicada por meio de uma carta pública enviada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na qual Trump justifica a medida como resposta à “censura” de redes sociais americanas no Brasil e ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal.
A reação do governo brasileiro foi imediata. Lula classificou a carta como “ofensiva e inaceitável” e afirmou que o Brasil não aceitará ser tutelado por ninguém. O presidente prometeu aplicar a Lei Brasileira de Reciprocidade Econômica, aprovada em abril, que permite ao país retaliar comercialmente ações unilaterais de outras nações. O Itamaraty devolveu simbolicamente a carta ao governo americano e convocou uma reunião de emergência com ministros para discutir a resposta.
Setores da economia brasileira, como o agronegócio, siderurgia, aviação e indústria de sucos, já demonstram preocupação com os impactos da medida. Exportadores de carne, café, aço e suco de laranja — produtos com forte presença no mercado americano — alertam para o risco de perda de competitividade e aumento do desemprego. A CitrusBR, entidade do setor de sucos, afirmou que a tarifa torna inviável a continuidade das exportações para os EUA.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o Brasil poderá adotar medidas não-tarifárias, como restrições à propriedade intelectual e quebra de patentes, para evitar impactos inflacionários. A criação de um comitê de emergência com empresários e representantes do governo foi anunciada para definir estratégias de reação. A possibilidade de levar o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC) também está sendo avaliada.
A escalada tarifária ocorre em meio a tensões políticas e ideológicas entre os dois países, com Trump acusando o Brasil de ameaçar a liberdade de expressão e Lula reafirmando a soberania nacional. A medida também reacende o debate sobre o papel do Brics e a busca por alternativas ao dólar nas relações comerciais internacionais.
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